Para melhor espernearem nada melhor que uma goleada de um a zero.

Cientistas da bola. Não há melhor relaxante para uma alma cheia do que deitar-se com noção exacta de como se estão todos a espumar. É isso, foi uma noite boa muito bem dormida e um acordar ainda melhor depois de me livrar de um pestilento João Queiroz que ontem me tinha dado a volta às tripas. Mesmo eu que sou bastante solto do intestino já não me lembrava de evacuar tamanha porcaria.

E tudo porque o Benfica realizou um daqueles jogos de deixar os cientistas da chincha extremamente ressabiados. Um jogo onde o Benfica não jogou nadinha, teve o penalti da ordem a favor por assinalar e apenas (sem aspas) dispôs de mais três oportunidades claras de golo. O adversário jogou pacaralho, encheu a quilhoada furada dos Queiroz desta vida, teve muita posse bola, rematou muito e, sobretudo, para fora, mas só teve uma oportunidade, vá lá, meia oportunidade de golo. Muito tático o Benfica, muito rápido e veloz, até para lá do minuto 90, o vitória. Uns não fizeram mais porque não podiam. Os outros se mais não fizeram foi porque a mais não os obrigaram. É foda, não é? Nos bons tempos do clube da fruta chamavam a isto «o pragmatismo daquela casa». E por falar em casa, caputa de casa deu Trubin, perdão, o melhor Diogo Costa em campo. Foi tão bem assombrada que até o nomearam para herói do público e prémio de melhor Diogo Costa em campo. De facto, há gajos que nasceram com o cu virado para a lua!

Numa jornada em que a potência do Lumiar jogou como nunca perdendo como sempre e o foculporto só não perdeu porque o Famalicão falhou uma grande penalidade, uma palavrinha para os verdadeiros inteligentes que assobiaram furiosamente Anatoliy Trubin por cumprir as ordens do seu treinador não atirando bola à toa lá para a frente. Há miolos de girino, como os do 'linhas-brancas' e do prof. dr. Jorge Amaral, e há os indignados assobiadores do Trubin. Como na eterna dúvida da galinha e do ovo só não sei quem nasceu primeiro.

Com precioso contributo do melhor Diogo Costa em campo e do melhor jogador (Fábio Vieira) da liga da farsa - o primeiro brilhando a grande altura no golo de Aranda e o segundo com o passe magistral que deu inicio à jogada - o foculporto não perdeu no mesmo local onde o Benfica também atacou muito ganhando o que a Maria ganhou no meio do centeio, porque Aranda falhou um penalti. No final voltaram-se a ver imagens deprimentes com aquelas almas penadas, de corda ao pescoço, prostadas de frente para os grunhos das bancadas, sofrendo em silêncio os insultos e os arremessos de garrafas como se aquela gentalha representasse advogados de acusação, juízes e verdugos, tudo ao mesmo tempo! Só mesmo num país de valores virados ao avesso se pode permitir tamanha aberração. 

O Manchester United também contratou o seu João Pereira que preferiu a Van Nistelrooy - três vitórias e um empate (frente ao Chelsea) - que tomou conta do barco no período pós Tem Hag. É mais um daqueles casos em que, com um bocadinho de bom senso, só se estragava uma casa. Se era para mandar embora Van Nistelrooy porque razão não contrataram logo o João Mandão que, desde que assumiu o comando da potência, não mais largou a liderança isolada da liga? Essa é que é essa! O campeão das conferências de imprensa - duas derrotas, um empate e uma vitória na Premier League - sem o colinho dos Fábios Veríssimos da liga da farsa ainda tem de levar com o fantasma de Tem Hag, que para a MDCSDQT continua a ser o grande culpado das derrotas de Amorim. Até o padre Nuno Espírito Santo (United 2-3 Nottingham Forest em Old Trafford) teve o desplante de se aproveitar do colinho do Tem Hag. 

«Pela regra é penalti, se fosse eu a decidir não marcava». Versão moderna do «eu sou uma puta vendida por favor não me tirem o taxo».