Com os jogadores nos lugares certos é outra música!

Nunca como ontem recordei tanto a época 2019/2020 quando o Benfica, com 16 vitórias seguidas e 7 pontos de avanço, foi derrotado pelo Soares Dias najantas (onde foi feito o funeral futebolístico de Ferro), perdeu a seguir com o Sp. Braga na Luz, ainda foi ganhar ao Gil Vicente, antes de capitular de vez com 4 empates de enfiada, seguidos de uma vitória no Rio Ave e duas derrotas, na Luz com o Santa Clara e na Madeira frente ao Marítimo. Eram tempos do canal Panda e das noitadas ao luar, entre o treinador e o presidente, a ver o mar.

Hoje, bem mais tranquilo, já consigo observar com outros olhos o que ontem me pareceu tão desesperadamente familiar. Há que ser positivo porque mesmo nos maus resultados há muitas coisas boas - ilações no léxico futeboleiro - a retirar. Vejamos...nos primeiros 45 minutos lembro-me de várias jogadas onde só faltou...há também um corte milagroso seguido de um contra ataque fulminante que acabou na...ficaram-me na memória os muitos remates a rasar os...vários centros perigosíssimos a partir da linha...e a elevada concentração dos...foram o prenuncio de uma segunda parte entusiasmante onde tudo foi de tal maneira inspirador que nem vale a pena relatar. 

Descontando algum desacerto exibicional e emocional, que os houve, existem duas situações que me desagradaram profundamente e que não posso deixar passar. É urgente que o Aursnes saia da defesa, assuma o seu lugar no meio campo e que o Kökçü largue o seu, de playmaker, recuando para o lugar do Florentino onde se sente à vontade para fazer o Benfica brilhar. Também tive muita pena do Arthur Cabral, que deve ter ouvido das boas do treinador, por rematar à baliza aos 77 mts quando podia perfeitamente passar a bola para trás.

Não desesperemos. Afinal, para o Benfica arrasar - não é assim verdadeiros exigentes? - basta ao substituto do alemão que não falava português, não tinha jeito para as conferências de imprensa, não estudava as equipas adversárias, não treinava cantos nem ministrava treinos por sectores, meter os jogadores nos lugares certos e fazer as substituições nos exactos minutos exigidos pelos cientistas. 

Considero Luis Godinho o árbitro menos mau entre o chiqueiro da arbitragem nacional. Saí da Luz com vontade de o cuspir por não respeitar o futebol (já nem falo dos adeptos) permitindo e incentivando o repetitivo antijogo dos carvalhais. Mais refeito da frustação, nem tenho assim tanto a apontar-lhe. Se o Benfica apoia o Proença e o Fatelas Gomes na federação só posso ser eu a estar do lado errado.