As trevas do moedas e a falta de tempo do novo alquimista do sapal

O dia, que começou envolto em decisões nebulosas no Funchal, terminou com a potência do Lumiar, depois de se ver a vencer (3-1) em Guimarães, a safar um pontinho no ultimo minuto da partida. Rui Borjão queixou-se da passividade dos seus jogadores, que adormecerem a partir dos 60 minutos. Eu digo que foi falta de 'combustível'. Aliás, se olharmos para o histórico dos campeonatos, ficar com o deposito semi vazio a seguir a um jogo 'épico' contra o Benfica é a sina da esmagadora maioria das equipas nacionais. 

O jogo, brilhantemente lançado pelo comentador (Luís Freitas Bobo) que o país futebolistico consagrou - «Transformou mais Rui Borges o que era o Sporting do que Daniel Sousa o Vitória» - é demonstrativo da sua perspicácia analítica: não lhe escapa um pentelho do valor acrescentado de Rui Borjão, bem como da restante MDCSDQT que, desde que o novo alquimista da potência chegou ao alvalixo, não tem primeiras paginas a medir para lhe acrescentar genialidades! Contra o Benfica, Rui Borjão redescobriu a roda, a pólvora e a teoria da relatividade em 3 dias. Em Guimarães, contra a equipa que treinava 10 dias atrás, 6 não chegaram para perceber como a vencer. Como o esmagador das conferências de imprensa, no Manchester United, Rui Borjão garantiu ter sido atacado por uma súbita falta de tempo...

E a MDCSDQT achou bem. É-lhes mais difícil encontrar um penalti contra os sapos, média de 1/2 a cada dez anos, do que uma debilidade num treinador/ex-treinador da potência. Duas notas. Foi por demais evidente que, apanhando-se a ganhar por 3-1, o lagartedo só permitiu a reviravolta (que chegou aos 4-3) ao Vitória de Daniel Sousa por causa do litígio Bruno Lage/Otamendi/Di Maria anunciado pelo cofina. Numa coisa acertou a cagão Borjão. De facto, o Vitória de Guimarães foi mais difícil, pelo menos no resultado, que o Sporting-Benfica. 

Na Madeira aconteceu mais um adiamento nebuloso. Apesar das condições de visibilidade serem bastante razoáveis quando o árbitro deu por terminada mais uma palhaçada no local, o clube da fruta arrumou as malinhas, que nem chegou a desfazer, e regressou ao continente. Para trás ficaram as garantias que o jogo se disputaria hoje caso o nevoeiro atacasse e mais um cartão vermelho escandalosamente perdoado a Mora por Tiago das moedas Martins. Na imensidão do relvado da Luz o traste foi capaz de vislumbrar uma moeda de 5 cêntimos. No pardieiro da Choupana não viu a dois metros de distância, nem depois de chamado a capitulo pelo VAR, uma patada por trás do genial 'ouro da casa' do foculporto. Rodrigo Mora pode um génio precoce, o melhor em campo mesmo quando não joga, peschisbeque, lata da casa ou o raio que o parta. Virgem em patadas por trás é coisa que não é. Já com o Boavista tinha feito o mesmo, no mesmo minuto (2) de jogo, com igual impunidade. Não será tempo de Billas-Boas lhe mudar o epíteto para melhor coice da casa?

Todo os catedráticos de arbitragem - desde os ex-apito dourado, 'especialistas' de arbitragem do pasquim da fruta, onojo, aos expert da cofina - foram unanimes na analise: cartão vermelho directo por mostrar ao melhor coice da casa em campo. E até o Duarte Gomes, que costuma analisar lances destes a favor do Benfica com o olho do cu, não se atreveu a desculpar o correligionário e amigo Tiago das moedas. O traste, que tinha analisado a patada de Mora sem cartão, chamado pelo VAR a ver o que todos viram, mostrou a contragosto o cartão amarelo ao prodígio! Regras novas, à clube das putas, directamente para o portal de transparência do clube das ditas.