Não está fácil para o Benfica recompor-se do dramático fim-de-semana

Tão fatal como o destino: depois do saco cheio najantas imediatamente veio à baila o saco azul (mas que nome mais apropriado) do Benfica. Ontem, dei comigo a pensar: será que 3 dias de luto chegaram para esvaziaram (o saco d)a azia? Desta vez ninguém me contou. Pensei que teria a sua piada ver o contorcionismo dos especialistas da especialidade, revesti o estomago com um poderoso antiácido, e fiz um périplo pelos programas ditos da especialidade. Contei cerca de dez ao longo do dia debater a terrível semana do Benfica! 

Quando eu pensava que a pressão sobre sapos e clube da fruta estaria ao rubro encontrei a marralha furiosa a marrar com Bruno Lage. Menos que escarrar nos adversários não lhe confere créditos aos olhos dos cientistas. Já me contaram que o treinador do Benfica ao saber disso correu à garagem do estádio mandar 3 ou 4 caralhadas enviando, dali mesmo, um áudio pirata aos cientistas das televisões com palavras fortes como: «acreditem em mim, caralho!» (...) «Eu vou mudar esta merda e vocês ainda vão ver a Luz a Harder». 

Ainda pensou em voltar a cumprimentar os pés-de-microfone um a um mas estavam todos atrás do esmagador de conferências de imprensa em Lyon a lamber-lhe os entrefolhos. Enojado com tamanho sabujismo foi ver o Canal Panda, trauteando na viagem para casa o «ora da cá um (dedo), ora da cá outro, depois dá mais quatro que só dois são poucos, do Herman, antes de ser interrompido pelo “chupa” Teresa do António (Silva) que, incessantemente, passava na rádio! Quando deu por si já nem se lembrava da dose dupla do clube da fruta, das três batatas do Pavlidis e muito menos do trapalhão com as enormes orelhas Harder. Esfregou os olhos, observou as mãos e mirou os dedos. Levantou 2 e contou 4+4. Ufa, a matemática estava certa! Concentrou-se na condução mas a coisa piorara. A Bruma era tão espessa que não conseguia respirar. Erguendo as mãos para os Céus, capitulou: Santo Tirso me acuda que o resto da semana foi foda. 

Humberto Simões, um especialista da especialidade com voz de chonhinhas, descabelava-se com a prestação de Prestianni. Arguto como um alho já percebeu que o argentino é fogo de palha. Não gosto de jogadores que não fazem a diferença na equipa b, dizia convicto da sua superioridade intelectual. Sem perceber porquê lembrei-me imediatamente de João Neves. Sobre Lage, dizia o choninhas que o treinador do Benfica foi muito infeliz no Botafogo e que já no Wolverhampton as coisas também não tinham sido famosas. Um 10º lugar na época de estreia na Premier League - o esmagador de conferências de imprensa segue em 13º com o seu Manchester United - numa equipa com 10 portugueses de segunda apanha, realmente é muito mau. Na segunda época foi despedido à 8ª jornada (derrota com o West Ham com 9 portugueses no 11 titular!). Lopetegui que lhe sucedeu, apesar dos reforços, acabou o campeonato no 13º lugar.

No Botafogo, Bruno Lage sucedeu a Luis Castro (na época anterior ficou no 11º lugar) que saiu a correr lamber os entrefolhos ao Rónalde. Acabou despedido quando seguia no primeiro lugar com 8 pontos de avanço sobre o Palmeiras futuro campeão brasileiro. Depois da sua saída, nos 13 jogos finais, o Botafogo conseguiu 2 vitórias, 6 empates e 5 derrotas, terminando no 5º lugar a 6 pontos do Palmeiras! Razão total ao choninhas cofinado. O problema do Wolverhampton e do Botafogo sempre foi o Bruno Lage.