sábado, 6 de setembro de 2025

Gastos VS investimentos.

Tenho um vizinho com rendimentos de 12 mil euros anuais, outro com cerca 15 e outro com 25 mil e até mais. Neste verão foram todos às compras. O primeiro, apenas com 8 euros em caixa e calotes de arrepiar os pelos do cagueiro, gastou à tripa forra como nunca tinha feito. O segundo, por soberba ou falta de jeito, teve mais olhos que barriga, meteu gasóleo no depósito de gasolina e ainda perdeu a maior fonte de rendimentos. O terceiro, com as contas em dia e rendimentos acima da média, trouxe para casa o que precisava dentro da sua capacidade financeira. Aqui à volta, onde as velhas por trás das cortinas fazem o papel de especialistas, existe unanimidade em que o gajo dos 12 mil - génio das finanças que transforma pechisbeque em ouro (da casa) - sabe tudo de como comprar bom e barato no mercado inflacionado. Nenhuma duvida que o moço dos 15 mil ficou muito mais forte do que já estava e que o terceiro individuo - o que mais ganha, que paga sempre a tempo e horas, sem calotes, perdões bancários e com a tesouraria desafogada - comprou gato por lebre e produtos fora de prazo. Nas reuniões de tupperware ficou claro que o primeiro ficou muito mais rico do que já era, que o segundo ficou muito melhor abastecido e que o terceiro, que tão mal se apetrechou, ficou mais perto da falência e muito pior do que já estrava. 

No futebol, que nada tem a ver com a minha vizinhança sui géneris, as velhas são os paineleiros travestidos de especialistas com sebentas de merceeiro. Existem para todos os gostos. Produzem criativos como quem caga dióspiros e fazem tabelas de gastos com a mesma precisão cirúrgica do Matheus nois aqui pisa nos cabeça. O clube da fruta acertou em toda a linha. Nos sapos, o maqueiro cada vez mais requintado, deu agua pela barba ao negociador mais pintado. O Benfica, obviamente, foi o mais causticado. Perdeu todos os criativos e dos novos flops que entraram, o mais surpreendente, por acumulação de cartões amarelos, já vai ficar um jogo nas bancadas. O pior negócio de sempre foi o do velhote Lukebakio. Diogo Boa Alma, especialista da tv sapos, perdão, do canal 11 da federação, diz que o moço não sabe fintar - ficou em segundo lugar nesse particular atrás de Lamine Yamal e à frente de Mbappé na liga espanhola - e que não terá sucesso numa liga em que a maioria da equipas monta três autocarros à frente da área quando defrontam o Benfica. Esperto como um alho, Boa Alma, garante que o bom do Luke só terá Bakio quando defrontar os sapos e clube da fruta e, quiçá, na Champios League. E eu também gostava muito de fumar daquela merda que distribuem aos cientistas do canal 11 da saparia. 

Com a entrada do internacional belga no Benfica a quem saiu a sorte grande terá sido Richard Ríos. Com o velhote na mira - uma heresia do Benfica trocar o jovem Di María por um velho 10 anos mais novo - quem sabe não param de marrar com o Ríos e lhe largam um pouco a braguilha. Praticamente todos os grandes clubes da Europa e até outros bem mais pequenos, da igualha do clube da fruta, mudaram de guarda redes. Não há meio de arranjar quem leve o leve. Mais um ano em que ninguém pega no melhor Diogo Costa em campo. 

Os sapos conseguiram vender Harder por mais de 2/3 milhões de euros. E eu, aqui, rendo-me à evidência. O maqueiro Vagandas talvez seja mesmo o melhor negociador do mundo. Depois de impingir, por uma pipa de massa, um tortulho ao Arsenal, vender outro muito maior, ainda que por valores mais modestos, na mesma temporada é de se lhe tirar o chapéu. Vagandas não tem apenas ao seu dispor Veríssimo, João Pinheiro, Tiago moedas, o Tribunal Central Administrativo do Sul e os dois juízes-conselheiros do Supremo, um procurador da República, um juiz-desembargador a fazer braço-de-ferro na justiça pelo Sporting. Tem de ter um pacto com o Diabo. 

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