Dois meses e picos foi o tempo que José Mourinho demorou a meter a MDCSDQT na ordem. O seu ar, quase sempre, demasiado paternalista desde que voltou ao Benfica, ao que parece, terá iludido os pés-de-microfone, especialistas e pagadores de boquetes (pesquisem no google) levando-os a pensar que podiam continuar a marrar sem levar devido troco. Que o treinador do Benfica só tinha regressado a «um dos melhores clubes do mundo» - para usar palavras suas - para meter um dedo aqui ou ali onde mais eles gostassem. Esta semana, então, foi um fartar vilanagem. Mourinho disse basta. E não deu margem para réplicas. Na sexta-feira falou para dentro. Ontem falou para fora. Baixaram a puta da bolinha e hoje, nas primeiras paginas, nem uma palavra sobre os muitos acoites que levaram. Agora só falta que, no relvado, os jogadores lhes metam a mão toda. Que vençam o Ajax, Nacional, sapos, Nápoles, Moreirense e Comp. Ltda e que a dedicação dos adeptos (safodam pobres de espirito e viúvas do outubro out) seja, passo a passo, recompensada.
Em sentido oposto... De Ronaldo que, antes de se confessar admirador de Donald Trump, até dos traques faziam primeira pagina a marcador de um golo de bandeira (pontapé de bicicleta que correu o mundo) a que nem a clássica pequena nota de rodapé lhe dedicaram. Rubem Amorim voltou a arrasar na sala de imprensa, antes e depois da derrota em casa (0-1) do Manchester frente ao Everton, com menos um jogador (expulso por agredir um colega) a partir dos 13 minutos. Nada. Zero de rodapés nos escaparates. De todos os dias a encher chouriças à completa ignorância do ex-sporting nas primeiras paginas dos jornais. A minha dúvida baseia-se nisto: até quando vai a MDCSDQT resistir a colocar o rótulo de ex-Benfica ao Ruben agora que quase esqueceu que um dia arrasava tudo e 'todes' no sapal?
