A selecção de todos eles!

Desta vez tenho que concordar que o adjunto do Rónalde falhou claramente na convocatória. Os jovens João Moutinho e José Fonte tinham que estar nessa lista e não fez nenhum sentido chamar os veteraníssimos Gonçalo Guedes, Pote e André Silva, António Silva que não tem nenhuma experiência de Champions e o Florentino que já está demasiado lento para ombrear com a forte pedaleira do William. Bem, muito bem, esteve na aposta (tripla) do Tiago Dajaló - percebeu-se que era por ali que o gato podia ter ido às filhoses - mas errou novamente ao apostar tudo na falta de empenho do Rafa quando podia tirar partido do brilho e da grande forma do filho da melhor Dolores do mundo a faltar às conferências de imprensa quando perde e da facilidade com que deita ao chão a braçadeira de capitão da seleção! 

Não fosse a grande exibição do Gonçalo Ramos nas bancadas da Luz e a coisa podia azedar ainda mais. Patético, numa decisão que surpreendeu os especialistas, muito mal andou o injinheiro, que também é gestor, ao escolher o recinto do Benfica - exemplarmente excomungado, como o Rafa, desde a derrota com a Sérvia - quando todos sabemos que é a norte da Arrábida que mora o sol que nos ilumina! Ninguém viu o injinheiro Macaco nas bancadas - falha grave do Naundinho das facturas ao não impor nas bancadas a presença da claque da selecção - e sem os cânticos de «Filhos da puta SLB» de apoio ao Rónalde tudo se tornou muito mais complicado!

Também houve um tiquinho de azar, é verdade. Terá faltado uma visita do Daniele Orsato à Marisqueira de Matosinhos, faltou certamente um penalti à Taremi - e sabe-se como os mergulhos à Taremi tantas vezes iluminaram a veia goleadora do filho da melhor Dolores do mundo -, a W52 foculporto encerrou demasiado cedo as portas (mas já está inscrita para o ano!), não chegando a tempo de evitar a saída do Pepe pela porta dos fundos, e ainda não foi possível encontrar uma cuspideira que substitua com vantagem as costelas d'aço do Otávio. Quando o injinheiro do Penta (para justificar os €4,5 milhões do calote ao Fisco) afirmou no tribunal arbitral que não é treinador mas sim um gestor, alguém - quiçá o próprio Rónalde, se não estivesse já reformado - o devia livrar imediatamente dessa carga.

Na estratégia ultra defensiva para trucidar os espanhóis, inovou ao optar por jogar desde o inicio com apenas 10 jogadores o que, paradoxalmente, contradiz o estatuto de cinzentismo e conservadorismo bacoco que lhe assenta como uma luva. Exemplar nos tiques do pescoço que lhe dão aquele ar de permanente (des)conforto mas, na minha opinião, com a melhor Dolores do mundo no lugar do William Carvalho e a Georgina a distribuir jogo no centro do ataque ganhava-se rapidez no meio campo e encostava-se a Espanha às cordas. Mesmo assim, e há que dizê-lo, a derrota só surge porque o Diogo Jota lhe pede para sair (de maneira nenhuma era espectável o estouro do moço ainda a recuperar o ritmo após lesão prolongada) no exacto momento em que a barba do José Sá já aquecia para entrar e com Rui Patrício pronto para substituir Gonçalo Ramos que há muito se andava a arrastar. No meio do azar ficou o Tiago Djaló, outra vez esquecido no banco, agora sem direito a desculpas. Sim, é verdade, terminei ontem o doutoramento de especialista da especialidade!  

Pensar que esta derrota podia ter sido evitada se a Sport tv tivesse saneado em bom tempo o comentador Jaime Cancella de Abreu!

Pode adquirir «A LIGA DA FARSA E (TODAS AS) OUTRAS HISTÓRIAS DO FUTEBOL PORTUGUÊS» em - https://www.ligadafarsa.pt/

Todas as questões sobre o livro em;

guachosvermelhos.livro@gmail.com