Eu bem disse que os Bitós estavam em grande.

Logo agora que estava tudo a correr tão bem! Embalado na liga da farsa, onde o colo do Fatelas Gomes só não lhe permitiu meter a mão no prato no alvalixo, o Bitó sente-se tão aconchegado que surgiu em Bodo armado de fio dental (com o rabinho, assim, apertadinho deu para perceber a marquinha da asa delta) e calção, espécie de fezada que lhe tem valido forte excitação na liga. Se ao seu antigo amigo a roda da sorte nunca lhe falhou nos momentos frios não é de estranhar que mantenha a maior fé do mundo na indumentária que já se tornou fetiche da casa. Rendidos os catedráticos das conferências de imprensa e para gaudio dos pés-de-microfone embasbacados com a perspicácia do Bitor, para trás ficou esse momento de ratice comunicacional - «obviamente seria um ato de loucura muito grande da minha parte vir de calções amanhã, ou um ato de muito pouca inteligência também» - onde não arrasou menos que o grande Rúben Amorim. 

Eu bem disse (AQUI) que os Bitós andam em grande. Nas redacções, o ambiente de tesão passou a inumação, numa dor de alma de cortar o coração. Foram épicos - quase ao nível do estratosférico Bodo norueguês - os esforços do Bitó Puinto, do pasquim rascord, para transformar bacalhau seco em filé-mignon. O arauto da fruta estava tão apavorado, que, embalado, quase conseguiu passar a ideia que em Manchester mora outro terrível papão. É verdade. O cartilheiro do foculporto morre de medo do M. United, que não joga um peido desde que o Rónalde foi escorraçado por um treinador quase tão mau como o Roger Schmidt. Sorte a do Harry Maguire. Não falta muito para que os imbecis que passam a vida a  gozar com ele começarem a referir-se ao inglês como um defesa de classe inquestionável. 

O Bodo, que começou por ser dos pobres, passou a visconde rico - está ali uma potência ao nível da do Lumiar - que, mesmo oferecendo meia parte com um a menos, ficou com os pontos só para si. E se retirarmos da equação o Estrela Vermelha (equipa fraquinha que uma semana antes chegou a humilhar o Benfica na Champions) que eliminou os noruegueses, o Bodo, afinal, sempre foi, descobriu-se agora, um papão muito temido na Europa. Na Noruega, no entanto, apenas três dias antes, tinha apanhado uma surra (4-1) do poderoso Brann. Quem sabe se não foi isso que deixou os calções dos Bitós arrebitados de tesão. Estou em pulgas para ouvir a opinião do Sérgio Kristinas, assim que parar de ejacular nas calças a entrevistar o Luis Mendes, sobre os festejos dos golos do Bitó. Será que foram tão genuínos como o calção do Bitó ou acha que foram pensados, como os de Bruno Lage, frente ao coitadinho Red Star?

As parangonas também sofreram com bacalhau por demolhar. As capas da bolha e do rascord, ignorando o efeito do calção do Bitó e a classe do plantel escolhido a dedo pelo astucioso Billas-Boas, dão-nos uma noção exacta de como estão ao serviço do Benfica. Salvou-se (começa a tornar-se um hábito) o pasquim da fruta que, mesmo enregelado, talvez já seja a folha de couve menos rasca da MDCSDQT.

O Benfica até nos ressabiados que consegue gerar é muito maior que os outros todos juntos. Ontem lá apareceu mais um rancoroso, no rascord, a ressabiar. Ainda por cima dando mostras de viver num mundo que só existe na sua cabeça de alfinete. Definitivamente, meu caro Rui, mais do que identificar inimigos tens de aprender a escolher os teus “amigos”. Pelos títulos/resumo da capa do rascord é fácil perceber quem era o maior bufo dos verdadeiros verdadeiros e da merda de comunicação social desportiva que temos.