Diga (mais) três, sem penaltis!

Quando Di Maria, com um fenomenal pontapé, encheu de luz o fantástico Estádio da Luz senti-me largamente vingado por passar 70 minutos a ser enganado por uma equipa que se deu ao trabalho de fazer 1500 Km para defraudar os quase 50 mil espectadores (uns heróis que merecem respeito, sobretudo pelos árbitros que, despudoradamente, ajudam estas fraudes) com os seus jogadores a gritar a cada instante (ouviam-se os urros no terceiro anel) e a atirarem-se para o relvado sempre que sentiam o bafo quente dos jogadores do Benfica por perto. Quando o seu treinador, no final, confessava sentir-se orgulhoso dos seus jogadores, devia ser imediatamente proibido de voltar a pisar um relvado. Enganou-se no número da porta. Se vinha para o circo devia ter parado no outro lado da segunda circular. 

É lá que ter o director desportivo e o treinador em funções a trabalhar para os próximos patrões é o máximo em matéria de gestão. E como provavelmente (nunca se sabe se não terão mais coelhos na cartola) os seus substitutos já estão a tratar do futuro que se prevê mais radioso, resulta que - se a matemática ainda for o que era antes de ser reinventada pelo Maqueiro - além dos perdões bancários e do colo dos árbitros, a Vagandas só lhe falta ressuscitar o Brunalgas para mostrar ao mundo como é de (gémeos) génio a estrutura sapal.

E já que falamos de palhaços e palhaçadas...quando algumas alimárias adestradas enchem as fauces para destratar Pavlidis, que não marcava há mais de um mês, será preciso relembra-las que o avançado do Benfica, no dia 10 de Outubro, marcou, em Wembley, os dois golos da vitória (2-1) da Grécia sobre a Inglaterra? Eu bem sei - palavra de especialista da especialidade - que não é o mesmo que marcar em casa, de penalti, ao Casa Pia e ao Nacional da Madeira mas, caramba, embora por aqui não lhe liguem um peido, talvez tenha a sua importância em terras de sua majestade, perdão, terras de Rúben Amorim. Não é por acaso que o dedo do encantador de pés-de-microfone se fez sentir assim que foi conhecida a vontade do Manchester levar o agora lampião infiltrado para Inglaterra. Pelo telefone, por vídeo conferência, ou, presumo que, por sinais de fumo, a verdade é que, enquanto o Benfica se esgadanhava todo para, mais uma vez sem penaltis, despachar os canastrões do Santa Clara, o United espetava 5 ao Leicester City enquanto o Antero Henriques esfrega o olho.

Voltando ao que interessa. Depois de mais um borrego morto - não era Lage que nunca tinha vencido fora na Champions e, nenhum jogo na taça da carica? - é ir a Faro vencer por larga margem o esperado anti-jogo e depois, com essa secreta esperança que o Bruno não anuncie aos pés-de-microfone a intenção de dormir no Seixal para preparar a estratégia (Vade retro Satanás) que engendrou para trucidar o Feyenoord, seguir para Munique e abater esse borregão que há demasiados anos nos põe (aos benfiquistas) a cabeça em água. 

Terminando com os palhaços ricos...como os lucros do último R&C foram, pela MDCSDQT, propagados como o mais exemplar modelo de gestão, presumo que o empréstimo obrigacionista de 40 M€ a decorrer na saparia tenha como único propósito pagar os salários ao João Pereira e à sua, sempre eu a presumir, extensa equipa técnica. Os milhões do United não cobrem os ansiolíticos do Maqueiro&comp.