Liga da farsa transpira (Tozés) Marreco por todo o lado.

Jogo típico de quem está com a cabeça em Munique e o resto do corpo na Luz, para defrontar o foculporto. Jogo onde ganhar, muito justamente, foi a única coisa interessante sem perder tempo com a exibição fraquinha nem com as performances individuais, matéria onde se salvaram Aktürkoğlu, com duas assistências para golo, Pavlidis a metê-la toda lá dentro e Carreras, que se manteve ligado à corrente (apesar do curto-circuito no golo do Farense) do principio ao fim do jogo. Os últimos minutos não foram nada bonitos mas a verdade é que os (Tozés ) marrecos provaram ter pilhas para mais dois ou três 90 minutos de enfiada. Obrigados a soprar o balão rebentavam a escala.

Nas demais marrequices o destaque vai para o árbitro Cláudio Pereira que, aos 3 minutos de jogo, mostrou bem para o que vinha. Di Maria é pisado, o adversário solta um urro que se ouviu do Algarve à minha casa, antes de se atirar para o relvado. O árbitro assinala falta contra o Benfica, dois minutos perdidos a "assistir" o pobre coitado e um livre, espécie de canto curto, a favor do Benfica atirado para as urtigas. Um dos marrecos que mais ajudam a conspurcar a liga, Duarte Gomes, na sua coluna de opinião contra o Benfica no pasquim abolha, entendeu omitir os nomes dos jogadores para explicar a trapaça. «Não deixa de ser engraçado ver um profissional pisar o pé de outro e queixar-se depois em queda aparatosa, induzindo o árbitro a assinalar falta contra quem foi pisado. Mais engraçado é alguns jogadores ainda não terem percebido que as imagens mostram tudo (e não apenas os erros de arbitragem). Vale a pena pensar nisso».  

Com o resultado em 1-0, aos 20 minutos, quando Di Maria corria isolado e em condições óptimas de criar uma chance de golo, um dos assistentes do Cláudio Pereira, contrariando todas as recomendações da UEFA, levantou a bandeirinha para anular essa iminente jogada de perigo do Benfica. Duarte Gomes considerou que a patifaria «deve merecer a sua revisão pós-jogo. É importante que se perceba a importância que foco e boa colocação têm no processo de decisão, sobretudo para quem está à linha. Não é fácil (pelo contrário), daí ser importante treinar, treinar, treinar». E vivam as regras todos os fins-de-semana implementadas contra o Benfica.

Aos 44 minutos Di Maria foi abalroado pelas costas dentro da área do Farense. O empurrão que o deixou combalido no relvado, e não desta vez não estava a fingir, tirou-o da jogada impedindo-o de cabecear para a baliza. Reconhecendo que «Pastor, ao tentar o salto para o esférico, tocou nas costas do adversário, que caiu queixoso no relvado» (...) marreco Duarte viu que o «toque existiu mas não foi irregular». Pastor, por trás, impediu Di Maria de cabecear. Mas não foi irregular. E vivam as regras implementadas contra o Benfica.

Tozé Marreco («um espectáculo dentro do espectáculo» aos olhos do excitadíssimo Miguel Prates da sporttv sapos) que passou os mais de 90 minutos a espumar-se, protestando com os árbitros todos os lançamentos de linha lateral a favor do Benfica, esteve excelente como apanha-bolas do meio campo do Farense para a frente. Para provar ainda mais a sua competência mandou o seu guarda-redes cair inerte no relavado para, com o jogo interrompido - à laia de desconto de tempo - reunir a equipa junto à linha lateral dando-lhes instruções para o resto da partida. Vale tudo contra o Benfica nesta malfadada liga da farsa. Não satisfeito, ligou o intestino grosso ao cérebro para se apresentar aos pés-de-microfone, confessando-se (como se fosse preciso) aziado com o resultado - o Marreco viu um jogo que só existiu na sua desvairada mente - antes de, abruptamente, abandonar a conferência de imprensa enraivecido.

Tinha esperado demasiado tempo pelas muitas perguntas dos pés-de-microfone a Bruno Lage - outra injustiça que o marreco não chupou de bom grado - e não podia perder a boleia do árbitro Cláudio Pereira para o Porto onde mais logo, najantas, eu acredito que assistirão, disfarçados algures no meio da multidão, ao foculporto do seu coração. É em Contumil que o marreco poderá matar saudades do seu irmão Vítor Gouveia, adjunto do Bitó Bruno do calção de rapaz pequeno. A liga da farsa transpira (Tozés) Marreco por todo o lado.

Especialistas da especialidade  e verdadeiros verdadeiros ficaram fodidos com o resultado tangencial do Benfica, sem penaltis e com o árbitro Cláudio Pereira. Najantas, este Farense, saiu derrotado pelo mesmo score fruto de um golo de Samu - até o Duarte Gomes e os ex-apito dourado do pasquim da fruta entenderam ser irregular - que pisou o pé do defesa antes de atirar para o golo da vitória. Foi esse jogo que ditou o despedimento (por declarações que não agradaram ao foculporto) de José Mota permitindo ao Marreco sair do desemprego.