Venham mais cinco...

São 14 os jogos de Bruno Lage à frente dos destinos do maior clube português. 14 jogos em que o Benfica foi a casa do segundo e terceiro classificados derrotá-los sem apelo nem agravo. 14 jogos em que de um campeonato dado como perdido por todos os especialistas da especialidade - com 7 pontos de atraso - chegamos a cinco jornadas do fim com o Benfica, apesar dos roubos, instalado no primeiro lugar depois de quatro brilhantes vitórias (com o Tondela de aflitos pelo meio) chapa quatro; Moreirense, Feirense, Eintracht Frankfurt e V. Setúbal. Quatro titulares (Florentino, João Félix, Ferro e Rúben Dias) formados no Caixa Futebol Campus e João Felipe que ainda jogou uns minutos. André Almeida, o supersónico Rafa, que os talibans da internet queriam despachar rapidamente, e Pizzi - que os talibans ainda lutam para o despachar quanto antes! Contas feitas, oito portugueses em campo quando no ultimo Desportivo das Aves-sporting actuaram 2 portugueses no Aves; Vítor Gomes e Rúben Oliveira, este somente a partir dos 84 mts - e apenas um (Bruno Fernandes) nos batráquios. O mesmo cenário, visto ao contrario, seria coisa para deixar a merda de comunicação que temos a ejacular fortemente com a proeza dos viscondes. Sendo o Benfica - chuta-se para canto que apostar na formação já foi chão que deu...sapos.

Não anda apenas a merda de comunicação social que temos desencantada com a aposta no produto da casa. Ontem pude observar um moço perto de mim que passou o tempo furibundo sempre que o Florentino tocava na bola. Que não podia ser que o rapaz da formação o irritava profundamente. Repare-se que o sujeito não se irritou com as façanhas do árbitro Rui Costa nem se melindrou com o fdp do Fontelas Gomes, que só conhece árbitros do Porto. Esteve-se nas tintas para o comportamento animalesco do Rúben Micael e não gastou um pingo de saliva com a atitude malcriada do Jorge que também é Andrade. Preferiu passar o tempo enraivecido com o Florentino e foi para casa convencido que o jogador do Benfica só tem futuro como cantor de ópera que, definitivamente, não é para todos os ouvidos...

Qual Plácido Domingo, João Félix reapareceu no seu esplendor, Ferro (apesar daquele acorde imperfeito) está cada vez mais afinado e o Florentino explicou repetidamente que (assobios) vozes de burro não chegam ao Céu. Pizzi continua sublime a dizimar talibans, Grimaldo segue-o ritmado na pauta, Samaris monta-lhes o palco e Rafa vai do Allegro ao Prestíssimo enquanto o (Rui Costa) Diabo diz foculporto. Mas há mais. João Félix apresentou o irmão Hugo, juvenil e "apanha-bolas", enquanto que o resto da equipa presenteava o petiz com uns valentes calduços, junto à linha final, após o míssil do João. Foi bonito de ver - tal como o abraço solidário a Fernando Ferreira - fez títulos de jornais mas põe o Benfica e o estádio da Luz outra vez na mira do rasteiro Meirim. Se aquilo não é uma agressão ao apanha-bolas...

O Vitória de Setúbal deve ter corrido mais no jogo de ontem do que em dez anos de campeonatos contra o clube das putas. Sandro, treinador do Vitória, gostou e registou o esforço da rapaziada na busca incessante da mala; «na crença fomos excelentes». O Rui Costa também. A fé que o árbitro do Porto depositou naqueles livres que assinalou a meio campo deixou-me sempre com receio que chegasse à área do Benfica a tempo de ser ele a cabecear para o golo! Sem êxito no jogo de cabeça acabaria por transformou um penalti claro sobre Rafa no cartão amarelo que o retirará do próximo jogo do Benfica. No alvalixo, caçaram-no até depois do jogo acabar, forçando a sua ausência em Santa Maria da feira. No campeonato do arruaceiro Pepe e do Felipe vale-tudo, assim vai a propalada protecção aos artistas!

Quando vi o Jorge Andrade deserto para entrar em campo - quem sabe se para afiambrar João Félix; o tal pisão que o parasse antes de chegar à baliza - recordei logo a escola do clube das putas, do boneco Conceição e...do Folha. Olhando com mais atenção para o primeiro golo do clube da fruta, seria deveras interessante que o antigo treinador do foculporto (b) explicasse o comportamento dos números três e quatro do portomonense - os brasileiros Lucas Possignolo e Jadson - e a forma como lhes passou o segredo de contrariar a profundidade e a rapidez dos avançados do clube da fruta...Sem essa prestimosa explicação, até um leigo que, como eu, não perceba nada de bola, pode ficar a pensar que nem sempre é necessário recorrer à falta estúpida dentro da área ou ficar à espera que o VARíssimo resolva.

O linhas brancas Fernando Mendes assumiu na CMTV aquilo que todos sabemos desde que os sapos nasceram. Que estão dispostos a tudo para não verem o Benfica ganhar. Oferecer o jogo da ultima jornada ao clube da fruta não é, seguramente, coisa rara no nosso futebol. O Paços de Ferreira fê-lo no campeonato do fedelho Kelvin e ninguém perdeu - apesar de todas as evidências - um segundo com isso. E ajudar o compadre que lhe deu a mão (1-3) a três jornadas do fim, em 2015/16, seria uma boa forma de lhe agradecer o carinho.