Estar posicionado no pote 1, 2, 3 ou 4 vale zero nesta nova maneira que a UEFA encontrou de favorecer os clubes mais endinheirados. Basta olhar para os adversários da potência do Lumiar a partir do pote 3: Manchester City, RB Leipzig, Arsenal, Club Brugge, Lille, PSV, Bologna e Sturm Graz, ou do Sturm Graz do pote 4: RB Leipzig, Borussia Dortmund, Club Brugge, Atalanta, Sporting, Lille, Girona e Brest, em comparação com os do Benfica a partir do pote 2. Feliz do clube da fruta que não tem de se preocupar com estas bolinhas da sorte.
Foi como se assistisse a um sorteio caseiro da Taça ou da liga da farsa. As bolas quentes da UEFA alinharam 5 campeões europeus - 6 em 9 com o SL Benfica - na fase de liga da Champions, o que pressupõe um descalabro muito maior (o que pensar de uma equipa que perde com o Famalicão e se vê à rasca para vencer Casa Pia e Amadora!) do que os verdadeiros verdadeiros e especialistas anteciparam. No entanto, o meu palpite é que lhes vai passar depressa. Depois de recompostos chegarão facilmente à conclusão que o Benfica teve um bambúrruio de sorte. Comprovando essa tendência histórica em matéria de sorteios, os poucos jogadores do SLB que sobrarem da debandada, vão encontrar o pior Barcelona da história, o Bayern Munique mais fraco que há memória, a Juventus mais (vecchia) caduca que se recordam e o mais desastroso Atlético de Madrid. Dos fraquíssimos Monaco, Feyenoord, Bolonha (este com a ressalva de no jogo com a potência se transformar num colosso italiano) menos de 15-0 é uma derrota. Palavra de especialista da especialidade.
Temos aí grandes jogos pela frente na maior competição do mundo. Não é isso que queremos? Para quê o pessimismo? Não temos o destino na liga da farsa - atrás do superlativo Sp Braga, do superfavorito Sporting e do invencível foculporto - tragicamente traçado pelos especialistas da especialidade? Animem-se! Pelo menos na Champions escaparemos a colossos como o Famalicão, Casa Pia e Amadora e temos garantidamente 8 jogos onde não levaremos com o Basco Santos e o André Narciso, o Fabio Verdíssimo e o Tiago moedas.
Chavões como a falta de projecto desportivo, descontrolo, debandada...foram adoptados pelos verdadeiros verdadeiros e especialistas da especialidade tão umbilicalmente ligados como o bêbado e a tasca ou a fossa e o mau cheiro. Só mesmo uma gigantesca dor de corno pela grandeza do Benfica, pelas ofertas (umas atrás das outras) milionárias por jogadores arrasados na MDCSDQT, que não valiam nada, justifica tamanha putaria. A falta vergonha na cara com a saída de Morato para Inglaterra já vejo os montes de esterco que se ofereciam para o levar de borla ao aeroporto ferrados nas canelas do Rui Costa por vender o fraco central ao desbarato.
Uma verdade já mete nojo ouvir estas bestas da especialidade o Benfica devia correr com esta canalha do estádio da Luz.
ResponderEliminarSe me permites, Caro Guachos, hoje tecia alguns comentários sobre a tão propalada “Cláusula de Rescisão”. E começo por esta pergunta: Afinal, “para que serve a cláusula de rescisão, se o seu valor só muito raramente tem significado prático”?
ResponderEliminarA grande maioria dos adeptos, em especial “os cientistas da bola”, dir-me-á que a cláusula de rescisão serve para impedir que qualquer clube adversário venha buscar este ou aquele jogador por um valor abaixo do pretendido pelo clube que é proprietário do seu passe. E o pretendido por este último é segurar o jogador durante o tempo contratual, ou outro, e não vender ao desbarato?
Em clubes de países como Portugal, com muito menor poder de compra pois o seu mercado de obtenção de receitas também é muito limitado comparativamente, diz-se que a cláusula protege contra os chamados “tubarões”. Mas o valor inserido nessa cláusula … que validade tem ele, conforme se tem visto na prática?
Certo, deve-se colocar no contrato desportivo a cláusula de rescisão e por um valor considerado razoável face ao valor que o jogador representa para o clube proprietário do seu passe desportivo. Sem cláusula, o “tubarão”, qualquer que seja, oferece ao jogador salário muito superior e o “sortudo”, com a cabeça a andar à roda, pode rescindir unilateralmente e, depois, pagará – o clube que o contratou, certamente – o valor que o mercado ditar, em regra bem inferior pois este mercado parece ser como a bolsa de valores, qualquer que seja, em que uma coisinha que aconteça, para o bem ou para o mal, se torna numa onda que arrasta, para cima ou para baixo e, eventualmente, de forma significativa, o valor dos passes dos jogadores.
Por isso, a cláusula de rescisão permite ao proprietário do passe uma palavra a dizer em negociações sobre uma transferência. E, como a prática o comprova, quase sempre bem abaixo do valor nessa cláusula inserido. Daí que não esteja contra a cláusula de rescisão mas apenas contra o seu valor exorbitante que não tem praticamente validade, o que contribui para o seu descrédito.
Rui Costa afirmou várias vezes que a tónica fundamental da sua gestão seria sempre o aspecto desportivo, em detrimento do lucro, mas sem colocar em causa o equilíbrio económico-financeiro da SAD de futebol. Todos sabemos que essa frase era e é para tentar distinguir a sua gestão da antecedente. Mas onde é que essa frase cola no caso João Neves? João Neves e outras pérolas da formação ou da boa apetência do scouting do clube? João Neves e outros que tais não são pérolas essenciais do aspecto desportivo que se pretende e se propagandeia?
É verdade que também se diz o óbvio: “nenhum clube português pode subsistir – nem os que beneficiam de perdões que os portugueses têm de pagar – se não vender jogadores”. Mas têm que ser os melhores, sem ser pelos valores que, em prejuízo do aspecto desportivo, mas ficando-se com uma boa almofada económica que possa evitar mais perdas desportivas?
A constatação daquele modo de necessidade de subsistência, dita isoladamente, creio bem que só serve para desvalorizar o produto em venda. Lembro-me de Domingos Soares Oliveira, sempre que falava, para além de também afirmar o mesmo, acrescentava e frisava concomitantemente que “O Benfica não necessita de vender jogadores”. E dizia-o mesmo quando não havia espectativas de receitas extraordinárias. Um Senhor gestor que sabia lidar com o mercado, conquanto não fosse dele a palavra final e decisiva.
Com isto tudo, sou forçado a pensar, ou que o aspecto económico-financeiro ganhou outra vez, em detrimento do desportivo e da promessa feita, ou que as contas do Benfica derraparam de tal forma que dá a impressão do salve-se quem puder. E não me venham com a conversa de que os jogadores ficam contrariados. Contrariados todos andamos e temos que aguentar sempre à espera de melhores dias. É praticamente como aqueles para os quais todos pagamos a fim de obterem competências elevadas e, depois, emigram para outro país que, não tendo suportado os custos da formação, beneficiam do valor dessas competências.