Como fazer desaparecer monstruosas dividas num ápice.

Semana terrível para as hostes benfiquistas a anteceder a visita a Famalicão. A potência já venceu o troféu cinco pandeiretas e o clube da fruta papou os sapos no troféu ouro da casa (de alterne). O Benfica, inapelavelmente derrotado por Fa Sánhá no torneio do Algarve, entrará no campeonato à beira de um ataque de caspa reduzido a tentar salvar o pouco que ainda lhe resta da época. Evitar que o passeio a dois - entre alternadeiros e fruteiros do alavalixo e Contumil - decretado na MDCSDQT possa vir a ser uma inevitabilidade. Nas cúpulas, Rui Costa desespera por fazer mais uns trocados - a juntar aos 70M do Joãozinho + mais 5 do Paulo Bernardo - rezando a todos os Fa Sánhás para não lhe levarem os dedos que dos anéis já nada resta. O maqueiro Vagandas, como se sabe, não tem problemas desses. Com os cofres a abarrotar das vendas do Paulinho e do Coates, tem sempre na manga larga o Novo Banco à disposição e o troféu cinco pandeiretas para exibir - na próxima saída o 25ª campeonato já estará pintado no autocarro da saparia - se a coisa der para o torto. 

E em Contumil tudo vai de vento em popa. A conquista do troféu ouro da casa (de alterne) fez desaparecer os problemas de tesouraria e não há um só (diz que é) jornalista ou especialista da especialidade que se recorde dos calotes que lá havia. Com o prémio da supertaça (há-de ser para cima de uma pipa de massa) Billas-Boas já nem terá de vender o espalha-cinzas ao desbarato. E se, por qualquer motivo que agora não me ocorre, o clube da fruta tiver de saldar os milhões que diziam que tinha de pagar, há sempre 'os espanhóis' ou a Jumentus - desta vez é a Jumentus - dispostos a comprar pelo dobro que custou João Neves ao PSG, o Pepe, Zé Pedro e/ou o Otávio.

Ontem, por falta de espaço, nem cheguei a falar do génio de Rúben Amorim injustamente ofuscado pelo bem tratado relvado - a federação do facturas faz tudo para valorizar a competição - do Municipal de Aveiro. E que bem esteve o esmagador das conferências de imprensa. Tenho a certeza absoluta que a reviravolta de 3-0 para 3-4 que engendrou, encheu ainda mais o coração dos verdadeiros exigentes que tanto gostam de o usar para escoicear Roger Schmidt. É impressionante o prodigioso treinador. Acertou em cheio no 11 inicial, nas substituições e no timing (foi de génio a primeira substituição aos 83 mts) e a única coisa que não saiu a preceito, mesmo que os sapos não se importem de perder desde que não seja contra o Benfica, são as três finais perdidas (onde ganhou sempre alguma coisa) consecutivas para o foculporto. Cuidado com os sapos que já vislumbram no Amorim o lampião a sair da casca. 

Do que já não há nenhuma duvida é que o Bitor Bruno é um bem-aventurado. Beatificado depois comer sapos emproados como quem papa espalha-brasas ao pequeno almoço, a possibilidade dos grandes tubarões europeus desesperados para levar o boneco Ceição se virarem para o Bitor não é despiciente. No lugar do Billas eu não facilitaria um milímetro. Renovava-lhe o contrato para valores que não ofendessem o salário de João Neves no Benfica. Não faça como o Rui Costa que, por tuta e meia, arriscou tudo e perdeu o Joãozinho.

Só há uma coisa, vá lá, duas, que eu ainda não consegui compreender. Se o boneco Ceição fazia omeletes sem ovos, como é que os seus proscritos são todos assim tão bons jogadores? E como vai o espalha-cinzas encarar o mágico que não se cansa de avacalhar o seu progenitor publicamente? Que tenha engolido o treinador a quem toda a família chamou traidor vá que não vá, agora, até o Ivan Raime?